George Russell admite que olhar para o reflexo das janelas colocadas ao lado da pista foi a única solução que arranjou para ver as luzes na partida do Grande Prémio da Austrália.
O facto de as asas traseiras de maiores dimensões terem bloqueado a visão de alguns pilotos está a ser alvo de investigação por parte da FIA.
Russell, que partiu do fundo da grelha em Melbourne, afirma que isso fez com que o seu primeiro arranque na Fórmula 1 fosse “terrível.”
“Parei na grelha, olhei para cima e percebi que não conseguia ver nada”, admitiu Russell. “Estava a olhar à volta e acabei por ver as luzes através do reflexo das janelas do Paddock Club [hospitalidade da Fórmula 1].”
“Estava sentado a olhar com a cabeça num ângulo de 45 graus e o meu arranque foi terrível porque estava distraído e quando percebi que era a quinta luz, a minha mão estava na posição errada.”
Robert Kubica e Pierre Gasly apresentaram queixas semelhantes e disseram que as respetivas partidas foram comprometidas devido à dificuldade em ver as luzes.
Uma solução deverá ser implementada para o Grande Prémio do Bahrain, com uma das propostas sugeridas a basear-se num conjunto extra de luzes colocado a meio da grelha para facilitar a visibilidade dos pilotos que estão nas últimas posições.
Russell admite ainda não ter certezas quando à repetição do problema nos restantes traçados do campeonato, embora o semáforo da partida seja colocado numa altura padrão em cada circuito.
“Na parte de trás da grelha [em Melbourne] a pista desce muito ligeiramente, por isso a asa traseira do carro da frente parece mais alta”, acrescentou.
“Não tenho a certeza se será um problema em todas as pistas, mas vamos descobrir no domingo, quando estivermos numa posição semelhante [no fundo da grelha].”