Carlos Sainz expressou a sua frustração com o limitado programa da pré-temporada da Fórmula 1.
O piloto espanhol liderou a tabela de tempos no teste de pré-temporada do Bahrain, mas afirma que gostaria de ter realizado mais quilómetros antes da sua estreia com a Williams em Melbourne.
“É uma sensação estranha ter de ir correr depois de um dia e meio de testes”, disse Sainz.
“Parece que não é suficiente e é muito pouco. Ridiculamente pouco, a quantidade de tempo que temos nos nossos carros antes de ir para uma corrida.”
Sainz refere que o programa é particularmente escasso para os pilotos que se vão estrear na Fórmula 1, mesmo tendo em conta as sessões privadas realizadas pelas equipas com carros de anos anteriores.
“Desejo-lhes o melhor”, acrescentou. “Compreendo a frustração deles com os testes porque, apesar de não ser um rookie, aquele dia e meio de testes também é frustrante para mim, mas não consigo imaginar para um rookie.”
“Compreendo como isso torna as coisas difíceis e como o início da temporada será complicado para alguns deles. Se conseguirem testar um carro de um ano anterior, isso é relevante e ainda ajuda muito, mas experiência é experiência e só se ganha isso em pista com um carro real que se vai conduzir nesse ano na Fórmula 1.”
Sainz sugeriu que as equipas deveriam estar autorizadas a trocar tempo no simulador por rodagem em pista.
Os atuais regulamentos da Fórmula 1 não estipulam qualquer restrição aos dias que cada equipa pode cumprir no simulador.
“Estou um pouco chateado com esta regra, passamos dias e dias no simulador. É apenas uma ideia que tenho de que eles poderiam simplesmente colocar no limite orçamental se queremos rodar no simulador ou fazer testes, e escolher onde gastar o nosso orçamento para isso.”
“Ao mesmo tempo, podem fazê-lo [limitar os testes no mundo real] por razões ambientais, mas há pilotos que voam para o Reino Unido e para o Mónaco todos os dias para irem para um simulador.”
“Não percebo esse lado da Fórmula 1, essa regra, quando decidiram dizer ‘vamos proibir os testes e desenvolver simuladores de 20 milhões para não fazer testes’.”