Max Verstappen evitou responder às perguntas na conferência de imprensa pós-qualificação para não agravar a punição que lhe foi dada em Singapura. Lando Norris e Lewis Hamilton, que estavam ao lado do piloto da Red Bull, criticaram a atuação da FIA.
Verstappen foi obrigado pelos comissários desportivos a realizar “trabalho do interesse público” após ter proferido um palavrão na conferência de imprensa de antevisão em Singapura.
“Não quero ser multado ou ter um dia extra”, referiu o neerlandês na conferência de imprensa de análise à sessão de qualificação deste sábado. “Prefiro que me façam essas perguntas lá fora.”
“Estou a responder. Simplesmente não muito. É um problema com a minha voz.”
Verstappen viria mesmo a encontrar-se com os jornalistas no seguimento da conferência para explicar o seu ponto de vista.
“Acho que o que aconteceu é ridículo”, disse Verstappen. “Portanto, porque é que deveria dar respostas completas?”
“Querem criar um precedente. Antes, davam advertências ou uma pequena multa. Agora, comigo, quiseram dar um exemplo ainda maior.”
“O que, para mim, é um pouco estranho, claro. Porque eu não dirigi palavrões a ninguém em particular, só disse uma coisa sobre o meu carro. Mas está no código, por isso eles têm de seguir o livro.”
“Não quero culpar os comissários desportivos, porque tive uma conversa muito boa com eles. Eles só têm de seguir o código e o livro. Acho que são bastante compreensivos, mas também é difícil para eles.”
“Acho que o que eu disse não foi assim tão mau. E, claro, se o dirigir a alguém, acho que é mau. É claro que as emoções podem estar à flor da pele, mas mesmo assim não é correto. Compreendo isso, mas senti que foi bastante ridículo o que me foi dado.”
Questionado sobre a sua opinião em relação à sanção atribuída a Verstappen, Norris respondeu: “É bastante injusto, não concordo com nada disso.”
Hamilton acrescentou: “É uma anedota. Isto é o pináculo do desporto motorizado. Eu não faria isso [trabalho do interesse público] e espero que o Max não o faça.”