Fernando Alonso diz que continua a discordar “totalmente” da penalização que sofreu no Grande Prémio da Austrália e está convicto de que a decisão dos comissários desportivos teria sido diferente caso George Russell não tivesse embatido nas barreiras do traçado de Melbourne.
Na penúltima volta do Grande Prémio da Austrália, o facto de Alonso ter travado mais cedo do que nas voltas anteriores levou a que Russell perdesse o controlo do seu carro e protagonizasse um aparatoso acidente.
O piloto espanhol incorreu numa penalização de 20 segundos após os comissários desportivos terem considerado que a forma como se defendeu de Russell na Curva 6 foi “potencialmente perigosa”.
“Eles têm o poder de decisão e temos de aceitar”, disse Alonso. “Mas estou surpreendido e discordo totalmente, sem dúvida.”
Quando lhe perguntaram se a decisão podia ter impacto na forma como os pilotos defendem a posição, Alonso respondeu: “Penso que foi um caso isolado.”
“Não vai voltar a acontecer. Penso que nunca veremos uma decisão como a da Austrália. Portanto, aceito isso.”
“Já passei demasiadas vezes por isso na minha carreira. Espero que pelo menos ninguém tenha de enfrentar este veredito no futuro.”
“Não há obrigação de fazer 57 voltas da mesma forma. Por vezes, temos um ritmo mais lento para poupar combustível, poupar pneus, poupar bateria. Por vezes, entramos mais devagar nas curvas ou em alguns setores da pista para dar DRS ao carro que vem atrás, porque isso será uma ferramenta útil se o segundo carro atrás estiver a um ritmo mais rápido. Todas estas coisas são completamente normais e foram, são e serão para sempre no desporto motorizado.”
Questionado sobre se acreditava que a decisão dos comissários teria sido diferente caso Russell não tivesse sofrido um acidente, Alonso acrescentou: “Sem dúvida.”
“Se ele estivesse em Abu Dhabi com uma escapatória em asfalto, penso que teria regressado à pista alguns metros depois e poderia voltar a tentar na volta seguinte ou na reta seguinte. E não teria havido nenhum problema.”