Michael Andretti diz que a resistência das equipas à sua candidatura é motivada pela ganância e não está em linha com os interesses do desporto.
O norte-americano deu um passo importante para o seu objetivo de inscrever uma equipa no Mundial de Fórmula 1 ao anunciar uma parceria com a Cadillac.
No entanto, os seus planos continuam a ser questionados pelas equipas do campeonato: seja pelas dúvidas em torno do verdadeiro envolvimento do grupo General Motors na produção da unidade motriz ou pela inevitável divisão de receitas que se verificaria.
“É tudo uma questão de dinheiro”, disse Andretti à Forbes. “Primeiro, eles pensam que vão ficar sem um décimo do seu prémio em dinheiro, mas também ficam muito gananciosos ao pensar que vamos tirar-lhes também todos os patrocinadores americanos.”
“É tudo uma questão de ganância e de olhar para si próprios e não olhar para o que é melhor para o crescimento geral do campeonato.”
Andretti referiu, no entanto, ter o apoio de duas das dez equipas que compõem o pelotão atual da Fórmula 1.
“O Zak [Brown, CEO da McLaren] quer fazer tudo o que puder para nos ajudar a chegar lá e o mesmo aconteceu com a Alpine”, explicou Andretti. “O Zak Brown e Alpine são dois aliados muito bons.”
“O Zak tem sido um grande amigo e aliado. Ele dá-me conselhos e está lá para ajudar. Ajudamo-nos um ao outro. Ajudei-o muito quando ele veio para as corridas de IndyCar. É uma amizade que funciona nos dois sentidos.”
Andretti garantiu ainda que não se sente desmotivado pela oposição ao seu projeto.
“O nosso derradeiro objetivo é lutar pelo título”, acrescentou. “Queremos competir e correr contra os melhores do mundo. Não estamos a subestimar isso. Será um longo processo de construção, mas temos um bom plano para eventualmente nos levar até lá.”
“Temos de nos manter concentrados no nosso trabalho e não ouvir os críticos. Na verdade, utilizo os opositores como motivação. É sempre divertido calá-los.”