As dúvidas em torno da realização do Grande Prémio do México e as cinco corridas que verão o seu contrato expirar no final de 2019 não representam uma preocupação para o diretor executivo da Fórmula 1. Chase Carey afirma que que há espaço para adicionar corridas ao calendário e aponta para a intenção de levar a cabo eventos não só em novos mercados, como o Vietname, mas também em locais históricos e tradicionais como a Europa Ocidental.
O governo mexicano confirmou esta semana que não continuará a apoiar a corrida que se realiza no Autódromo Hermanos Rodriguez e colocou em causa a realização do Grande Prémio nos próximos anos.
Os contratos dos eventos em países como Espanha, Grã-Bretanha, Alemanha e Itália também estão prestes a expirar e ainda não foram renovados.
“Temos contratos que terminam em 2019 e será necessário criar um novo acordo ou seguir caminhos diferentes”, disse Chase Carey. “Tivemos várias renovações no ano passado, tal como aconteceu no ano anterior. Existem diferentes problemas em cada um dos casos.”
O calendário provisório para a temporada de 2020 ainda deverá incluir todas as cinco corridas que não estão confirmadas, mas é provável que estas estejam marcadas com um asterisco e como “sujeitas a contrato”.
O Vietname é o único novo Grande Prémio confirmado para a temporada de 2020, o que significa que o calendário pode ser constituído por menos de 21 corridas caso algum dos acordos não se concretize.
Carey garantiu que existem muitos interessados em promover novas corridas mas insistiu que a prioridade é finalizar acordos com os eventos já existentes.
“Penso que o aspeto mais positivo disso é que somos cada vez mais encorajados por uma quantidade substancial de novos países que querem entrar”, acrescentou.
“Algumas das nossas corridas são parceiras de longo prazo, enquanto outras não são tão longas. Se conseguirmos chegar a um local que funcione para ambos os lados, a nossa primeira abordagem é renovar os contratos.”
“Isso nem sempre será possível e é importante que tenhamos alternativas em locais que sejam atrativos não só do ponto de vista financeiro, mas também ao nível das corridas entusiasmantes.”
Carey apontou ainda para a existência de possibilidades para novas corridas na Europa. Embora não tenha especificado nenhum país, sabe-se que a pista de Zandvoort, na Holanda, é uma forte candidata a receber um Grande Prémio num futuro próximo.
“Temos muitos locais que gostaríamos de adicionar ao calendário, incluindo não apenas novos mercados, mas também alguns mercados tradicionais como a Europa Ocidental”, afirmou o americano.
“Penso que se trata de criar uma ligação com os parceiros e perceber que o local funciona para nós. Com o passar dos anos, sentimo-nos muito bem com a trajetória da capacidade de manter um negócio saudável e achamos que há espaço para aumentar um pouco o calendário.”