Mattia Binotto acredita que a falta de competitividade do motor da Ferrari fez com que a equipa perdesse sete décimos por volta para a Mercedes nas retas – e admite que será “muito difícil” recuperar essa desvantagem ao longo da temporada.
Depois de ter conquistado a pole position neste circuito em 2019, Charles Leclerc, o melhor colocado dos pilotos da Scuderia na qualificação, não foi além do sétimo posto, terminando a quase um segundo do tempo de Valtteri Bottas.
Embora tenha tirado partido dos problemas alheios para conquistar um inesperado pódio em Spielberg, a Ferrari reconhece que o Grande Prémio da Áustria expôs os problemas do SF1000.
“Precisamos de melhorar o carro, já que existem problemas de correlação com o design, o comportamento e especialmente com a aerodinâmica”, disse Binotto. “Esse é um desenvolvimento que retomamos depois do confinamento e que esperamos ter muito em breve na pista.”
“Não será a solução final, pois não há uma solução mágica. O importante para nós é melhorar esse tipo de comportamentos.”
Binotto explicou que a Ferrari perdeu sete décimos por volta para os Mercedes nas retas do traçado austríaco, enquanto os restantes três décimos que separaram Leclerc de Bottas na qualificação foram perdidos nas curvas.
“Se olharmos para a qualificação, em comparação com a pole, estamos a perder um segundo”, disse Binotto. “Desse segundo, três décimos estão nas curvas. Mas depois há sete décimos na unidade de potência nas retas.”
“Penso que isso será muito difícil, porque o motor está congelado esta temporada. A velocidade nas retas também está relacionada com o arrasto aerodinâmico, e isso é algo que não iremos abordar em breve.”
“Penso que fiquei um pouco dececionado na qualificação ao ver a nossa velocidade em reta. Mas vamos analisar todos os dados e ver o que podemos fazer para o futuro.”