É uma hipótese improvável, mas aparentemente não impossível: A Fórmula 1 estará a estudar a possibilidade de anular a revolução regulamentar planeada para 2026, prolongar o uso da atual geração de monolugares por mais dois anos e introduzir motores V10 alimentados por combustível sustentável em 2028.
Segundo o Auto Motor und Sport, as palavras de apreço de Stefano Domenicali e Mohammed Ben Sulayem em relação às motorizações V10 foram o ponto de partida para uma discussão mais séria em torno do tema.
Uma aposta nos motores V10 naturalmente aspirados e alimentados por combustível neutro para o clima representaria uma revolução total nos planos futuros da Fórmula 1.
O desporto prepara-se para iniciar uma nova era no próximo ano, introduzindo uma unidade motriz renovada, com uma divisão quase equitativa entre a potência do motor de combustão interna e das baterias.
Na origem desta especulação está a preocupação relativamente à possibilidade de os regulamentos de 2026 serem demasiado ambiciosos e apresentarem problemas de segurança no que à recuperação de energia diz respeito, principalmente devido às diferenças de velocidade significativas, dependendo se um piloto está a recarregar energia ou não.
Caso se confirmem os receios de algumas equipas, o órgão governativo do desporto poderá prolongar os atuais regulamentos por dois anos e apostar nas unidades motores naturalmente aspiradas em 2028.
Ainda de acordo com o Auto Motor und Sport, a FIA criou já um grupo de trabalho para avaliar a viabilidade da mudança para os motores V10.
Existem, no entanto, diversos fatores que tornam a alteração particularmente complicada: não só o facto de fabricantes como a Red Bull Powertrains e a Audi não possuírem uma unidade motriz em conformidade com os atuais regulamentos, como também o investimento em tecnologia e infraestruturas realizado pelas equipas ao longo dos últimos anos com vista a 2026.