Lewis Hamilton diz que a Fórmula 1 deve assegurar a imparcialidade dos comissários desportivos em 2022, sugerindo que esse cenário nem sempre foi uma realidade ao longo dos últimos anos.
Os quatro comissários desportivos apontados pela Federação Internacional do Automóvel para cada Grande Prémio trabalham em conjunto com a direção de corrida na atribuição de penalizações aos pilotos.
Em 2021, a inconsistência nas decisões da direção de corrida foi repetidamente criticada, com Fernando Alonso a referir mesmo que existiam “regras diferentes para pessoas diferentes” e que era “interessante ver qual é a nacionalidade do piloto e qual a penalização que ele recebe”.
Apesar de Michael Masi ter sido afastado do cargo de diretor de corrida e substituído por Eduardo Freitas e Niels Wittich para 2022, Hamilton afirma que ainda há trabalho a fazer por parte do órgão governativo do desporto.
“Também temos de nos certificar de que recebemos comissários não tendenciosos”, disse Hamilton. “Os pilotos, alguns deles, são muito, muito bons amigos de certos indivíduos. Alguns viajam com certos indivíduos, que depois tendem a ter um gosto mais apurado por eles.”
“Apenas penso que precisamos de pessoas que não tenham preconceitos e que sejam super centrais na tomada de decisões.”
O britânico sublinhou ainda a importância de promover mais mulheres aos cargos relacionados com a direção de corrida.
“Quero ver mais mulheres na sala dos comissários”, acrescentou. “Penso que não temos muitas, penso que no ano passado havia talvez uma ou duas.”
“E penso que seria fantástico para eles se houvesse um homem e uma mulher como diretores de corrida. Penso que essa também é uma ótima forma de promover a diversidade.”






