Colton Herta fez um balanço positivo da sua primeira experiência com um carro de Fórmula 1 da McLaren no Autódromo Internacional do Algarve e revelou que se sentiu confortável em todas as condições ao longo de um teste que descreveu como “muito especial”.
O piloto norte-americano completou 80 voltas no primeiro dia e 82 no segundo, acumulando assim cerca de 750 quilómetros aos comandos do MCL35M de 2021.
“Foi muito divertido, dois dias fantásticos de aclimatização ao carro, que é obviamente um pouco diferente do que estou habituado a conduzir”, disse Herta.
“É um estilo de condução um pouco diferente, mas os engenheiros foram muito úteis e puseram-me a par de tudo. E que carro. Que carro para pilotar. É muito especial fazer um primeiro teste com um carro de Fórmula 1, mas fazê-lo num carro vencedor é ainda melhor.”
“Foi um carro super especial de pilotar e que se comportou lindamente. Consegui fazer alguns ajustes na afinação para o colocar mais ao meu gosto.”
“Senti-me imediatamente à vontade. O mais difícil era juntar uma volta. Senti que cheguei ao limite a meio do primeiro dia, mas apenas em curvas separadas. No final do segundo dia, estava bastante confortável durante toda a volta, tanto com pouco como com muito combustível.”
“Conseguimos testar muitas coisas diferentes, muitas mudanças de equilíbrio. E depois dentro do carro com todos os parâmetros. Foi muito bom ver as mudanças de equilíbrio e o que consegues fazer dentro do carro, que é bastante mais do que aquilo que somos capazes de fazer na IndyCar.”
Comparando o MCL35M com o monolugar que conduz habitualmente na IndyCar Series, Herta referiu que “é uma sensação completamente diferente.”
“A primeira coisa que reparas assim que sais da via das boxes é no binário, mesmo em baixas rotações. Obviamente, a velocidade em curva foi maior do que num carro da IndyCar, mas não me impressionou tanto como a aceleração e como a facilidade proporcionada pelo downforce.”
“Obviamente, a sensação que se tem num carro da IndyCar é muito diferente devido à falta de direção assistida. Por isso, a suavidade do volante foi algo a que tive de me habituar. Abrandar as mãos.”
Quando lhe perguntaram se tinha ficado satisfeito com os seus tempos por volta e se tinha feito comparações com as marcas estabelecidas por Lando Norris e Daniel Ricciardo em 2021, Herta respondeu: “Esta é uma pista onde é difícil de compreender esse aspeto, devido aos ventos e a tantos outros aspetos.”
“Fiquei satisfeito com o meu tempo por volta, mas estamos com um pneu um pouco diferente do que teríamos num fim de semana de Grande Prémio. E se olharmos para as declarações que muitos pilotos fizeram no ano passado, eles falam sobre o quão ventoso pode ficar e da forma como isso pode mudar o carro de curva para curva.”
“Portanto, em relação aos tempos por volta, é um pouco difícil de dizer. Penso que os engenheiros saberão, ao olharem para os dados, se és rápido ou não.”
No entanto, questionado sobre se estava confiante de que seria competitivo na Fórmula 1, o piloto de 22 anos afirmou: “Sim. Não podes responder não a essa pergunta, caso contrário não és um piloto profissional.”
“Por isso, sim, acho que sou suficientemente rápido. Se eles concordam? Acho que só o tempo o dirá. Espero ter mais oportunidades no carro e poder mostrar isso.”