• Sobre Nós
  • Política de Cookies
  • Contactos
Sábado, Junho 25, 2022
  • Login
F1PT
Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
  • Página Inicial
  • Notícias
  • Vídeos
  • Calendário
  • Classificações
F1PT
  • Página Inicial
  • Notícias
  • Vídeos
  • Calendário
  • Classificações
Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
F1PT
Sem Resultados
Ver Todos os Resultados

Monteiro recorda pódio inédito: “Ficará para sempre na história da Fórmula 1”

F1PT F1PT
29/04/2020
Monteiro recorda pódio inédito: “Ficará para sempre na história da Fórmula 1”
Partilhar no FacebookPartilhar no TwitterPartilhar por Email

Tiago Monteiro, o único piloto português com um pódio alcançado na Fórmula 1, deu uma extensa e muito interessante entrevista à revista norte-americana Racer onde abordou a polémica e inesquecível corrida de Indianápolis, “uma das mais desafiantes” da sua carreira. O clima nos bastidores, a tensão sentida ao longo das intermináveis 73 voltas e a inevitável satisfação que não conseguiu esconder durante a cerimónia do pódio são alguns dos temas descritos na primeira pessoa, 15 anos depois. 

Recorde-se que entre 2001 e 2006 a Fórmula 1 atravessou um período marcado pela guerra de pneus entre a Michelin e a Bridgestone – que atingiu proporções ainda maiores durante o Grande Prémio dos Estados Unidos de 2005, quando a fabricante francesa, que até dominou essa temporada, subestimou a desafiante inclinação do traçado de Indianápolis e causou uma sucessão de incidentes na Curva 13 do circuito norte-americano.

Ralf Schumacher a pontapear o seu Toyota TF105 na sequência de um acidente durante os treinos livres.

Num ano em que as trocas de pneus não eram permitidas, a Michelin admitiu que não conseguiria garantir a segurança dos seus 14 pilotos durante a totalidade da corrida, razão pela qual propôs soluções como a adição de uma chicane – algo que não foi bem aceite pela Bridgestone, que não queria ser prejudicada pelo erro da sua rival.

“Estávamos com muitas dificuldades ao longo do ano”, recordou Monteiro. “E também tivemos os nossos problemas com os pneus noutras pistas. Tivemos problemas com os Bridgestones em Monza e mal conseguimos terminar a corrida.”

“Nós próprios passamos por muitos problemas e tentamos sempre terminar e dar espetáculo. Não podíamos aceitar que o facto de a Michelin ter chegado a Indianápolis com um pneu perigoso fizesse com que a competição parasse. Isso não era aceitável para nós.”

Embora as equipas equipadas com pneus Michelin tivessem mostrado o seu descontentamento durante todo o fim de semana, os planos em relação a um eventual protesto não foram comunicados para o exterior, pelo que a incerteza reinou até ao último minuto entre os adversários e os fãs. 

Tiago Monteiro em ação com o Jordan EJ15 em Indianápolis.

“Quando fomos para a grelha, e mesmo durante a pré-grelha, tudo parecia normal, por isso ninguém sabia ao certo o que eles iam fazer”, afirmou. “O Colin Kolles [diretor de equipa] estava a dizer-nos que não acreditava que eles fizessem uma corrida normal: poderiam parar mais vezes do que o habitual, passar pela via das boxes, diminuir a velocidade naquela curva… Mas alguma coisa iria acontecer, por isso havia uma real possibilidade de pontos.”

“Não tínhamos pensado nisso, porque não fazíamos ideia de que eles iriam parar. Eles nunca nos disseram. Houve talvez 30 reuniões naquele fim de semana e surgiram muitas propostas que as equipas da Bridgestone não aceitaram, por isso eles decidiram parar de comunicar connosco.”

“Quando eles chegaram todos à grelha, tínhamos a certeza de que todos iriam pelo menos começar e depois fazer algo durante a corrida. O Colin disse-nos: ‘Há pontos disponíveis este fim de semana, por isso não estraguem tudo – precisamos dos pontos e do dinheiro’.”

“É claro que isso trouxe muita pressão. Fizemos a volta de aquecimento com eles, mas assim que os carros começaram a entrar nas boxes, ouvi o meu engenheiro pelo rádio: ‘Este carro está a entrar nas boxes. Este também. Este também. Estão todos a entrar! Mantém-te na tua posição! Não entres nas boxes! Não te movas na grelha!”

“E foi isso que fizemos. Os Ferraris estavam perto da frente e nós deixamos o espaço e partimos de trás. Até então, não tinha percebido que havia uma possibilidade de pódio.”

Os 14 carros equipados com pneus Michelin dirigiram-se para as boxes após a volta de formação…
… enquanto os restantes seis alinharam na grelha de partida para uma das corridas mais bizarras da história da Fórmula 1.

A diferença de desempenho entre os pneus da Michelin e da Bridgestone foi evidente ao longo do ano – e a qualificação de Indianápolis reforçou essa ideia. Schumacher, o melhor dos Bridgestone, não foi além do quinto tempo depois de ter perdido mais de sete décimos para o Toyota de Trulli, enquanto Barrichello estava dois lugares atrás, com o Renault de Fernando Alonso a separar os dois Ferraris. Em 17º, Monteiro era o ‘melhor dos outros’ para a Bridgestone, diante dos Minardis de Christijan Albers e Patrick Friesacher e do outro Jordan de Narain Karthikeyan.

“Os meus adversários diretos estavam lá, porque tínhamos estado durante todo o ano a lutar com os Minardis”, acrescentou. “Esta era a corrida em que precisávamos de terminar à frente deles.”

“Queria fazer um bom arranque e distanciar-me, não queria estar sob pressão. Já tínhamos passado por muitos problemas mecânicos e não havia garantia de que terminaríamos a corrida.”

“Por isso, durante três quartos da corrida, ataquei ao máximo. Pensei que, independentemente do que acontecesse, precisava de distanciar-me dos outros e atacar. Consegui criar uma distância e o meu engenheiro disse-me que tinha 20 segundos e que podia rodar um segundo mais lento por volta. Mas eu respondi ‘não, não quero perder a concentração’ e continuei a atacar.”

“E depois, no último quarto da corrida, começamos a ter problemas de temperatura na caixa de velocidades. Eles disseram-me que precisava mesmo de abrandar e foi isso que fiz. Esse foi o primeiro momento em que percebi que estava em terceiro lugar na corrida. Tinha uma grande vantagem, talvez de 30 segundos, mas ainda faltavam 15 ou 20 voltas para o final e muitas coisas ainda podiam acontecer. E conseguia ouvir tantos barulhos! A tua mente começa a enganar-te e de repente a caixa de velocidades parecia estranha, os travões pareciam estranhos, o motor parecia estranho…”

“Com 10 voltas para o fim, foi um pesadelo, porque tivemos um alarme. Eu não queria acreditar. Já estava preocupado com a possibilidade de ser criticado por atacar demasiado e agora acontecia isto.”

“Foi uma das corridas mentalmente mais desafiantes que já fiz. Estive praticamente sozinho, mas ataquei muito. Estava a fazer voltas de qualificação a cada volta porque não queria estar sob pressão no final. E com todos os pequenos problemas a começarem a aparecer… foi bastante stressante.”

Essa preocupação viria a terminar à 72ª volta, quando Schumacher e Barrichello cruzaram a linha de meta e conquistaram a dobradinha mais fácil da história da Ferrari. Monteiro manteve a mente e o carro intactos e alcançou um valiosíssimo terceiro lugar para a sua equipa. 

O resultado do português representou o 19º e último pódio da Jordan na Fórmula 1, enquanto os pilotos da Minardi alcançaram os últimos pontos do trajeto da equipa. Curiosamente, ambas as equipas não viriam a marcar presença na grelha no ano seguinte, sendo substituídas pela Midland e pela Toro Rosso.

“Quando regressei, estavam todos a celebrar como loucos, porque havia um bónus para todos”, disse Monteiro. “Em primeiro lugar, havia a alegria de somar pontos, mas depois havia o aspeto financeiro – a equipa obteria enormes benefícios no final da temporada.”

“Mas também foi o primeiro pódio da equipa em dois ou três anos, por isso foi muito gratificante na sequência do trabalho árduo que todos estavam a fazer.”

“Depois da corrida, eles colocam-te numa sala e dão-te uma água enquanto esperas pelo pódio. Foi aí que os colaboradores da FIA nos disseram que havia muitos fãs insatisfeitos e que não podíamos exagerar nos festejos. Mas depois olhei para baixo e vi 30, 40, 50 mecânicos da Jordan vestidos de amarelo a chorar e a aplaudir. Não podia deixar de desfrutar desse momento com eles, portanto celebrei como se fosse um pódio normal.”

“Infelizmente não pude comemorar verdadeiramente com eles, já que, por algum motivo, tinha um vôo reservado para aquela noite. Normalmente só voava na segunda-feira, mas nesse fim de semana tinha um vôo na mesma noite, por isso celebrei no avião com o Jenson Button e o Mark Webber.”

Depois de regressar aos pontos nesse mesmo ano com um oitavo lugar em Spa-Francorchamps, Monteiro fez parte do projeto da Midland em 2006 e acabaria por abandonar a Fórmula 1 para ingressar nos turismos, onde já conta com 12 vitórias. No entanto, o terceiro lugar de Indianápolis continua a ser um inevitável motivo de conversa. 

“Poderia ter corrido de muitas outras maneiras”, rematou. “Mas, no final, não tenho dúvidas de que esse resultado me ajudou ao longo da minha carreira.”

“Até hoje, pessoas de todo o mundo abordam-me sobre isso. Todos os anos, no aniversário da corrida, recebo centenas de mensagens, fotos e vídeos, porque sou o único piloto português que já subiu ao pódio da Fórmula 1. Para melhor ou para pior, ficará para sempre na história da Fórmula 1.”

O artigo escrito pela Racer pode ser lido na íntegra aqui. 

Temas: 2005Indianapolistiago monteiro
Notícia Anterior

Europa 1999: Uma das corridas mais loucas da história é recordada esta quarta-feira pela Fórmula 1

Próxima Notícia

Luca di Montezemolo renovaria contrato com Sebastian Vettel

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

Daruvala completou 130 voltas ao volante do McLaren de 2021 em Silverstone
Fórmula 1

Daruvala completou 130 voltas ao volante do McLaren de 2021 em Silverstone

25/06/2022

Jehan Daruvala realizou esta semana uma sessão de testes com um McLaren MCL35M de 2021 em Silverstone. O piloto indiano...

Ler mais
Madrid manifesta interesse em acolher um Grande Prémio de Fórmula 1

Madrid manifesta interesse em acolher um Grande Prémio de Fórmula 1

24/06/2022
AlphaTauri oficializa Gasly para 2023

AlphaTauri oficializa Gasly para 2023

24/06/2022
Em direto: Goodwood Festival of Speed regressa este fim de semana e volta a reunir nomes sonantes da Fórmula 1

Em direto: Goodwood Festival of Speed regressa este fim de semana e volta a reunir nomes sonantes da Fórmula 1

23/06/2022
Nova unidade motriz dá a Leclerc liberdade para atacar até à pausa de verão

Nova unidade motriz dá a Leclerc liberdade para atacar até à pausa de verão

22/06/2022

Sobre Nós

Fundado em 2012, o F1PT surgiu com a missão de levar toda a informação sobre o mundo da Formula 1 aos portugueses e países de língua portuguesa.

Disclaimer

F1PT is not affiliated with Formula 1, Formula One Management, Formula One Administration, Formula One Licensing BV, Formula One World Championship Ltd or any other organisation or entity associated with the official Formula One governing organisations or their shareholders.

Copyrighted material used under Fair Use/Fair

Redes Sociais

  • Sobre Nós
  • Política de Cookies
  • Contactos

© 2020 F1PT - © Todos os direitos reservados.

Sem Resultados
Ver Todos os Resultados
  • Página Inicial
  • Notícias
  • Vídeos
  • Calendário
  • Classificações

© 2020 F1PT - © Todos os direitos reservados.

Welcome Back!

Login to your account below

Forgotten Password?

Retrieve your password

Please enter your username or email address to reset your password.

Log In
Gerenciar Consentimento de Cookies
Usamos cookies para otimizar nosso site e nosso serviço.
Funcional Sempre ativo
The technical storage or access is strictly necessary for the legitimate purpose of enabling the use of a specific service explicitly requested by the subscriber or user, or for the sole purpose of carrying out the transmission of a communication over an electronic communications network.
Preferências
The technical storage or access is necessary for the legitimate purpose of storing preferences that are not requested by the subscriber or user.
Estatísticas
The technical storage or access that is used exclusively for statistical purposes. The technical storage or access that is used exclusively for anonymous statistical purposes. Without a subpoena, voluntary compliance on the part of your Internet Service Provider, or additional records from a third party, information stored or retrieved for this purpose alone cannot usually be used to identify you.
Marketing
The technical storage or access is required to create user profiles to send advertising, or to track the user on a website or across several websites for similar marketing purposes.
Gerenciar opções Gerir serviços Gerenciar fornecedores Leia mais sobre esses propósitos
Preferências
{title} {title} {title}