Os CEOs dos contrutores, o presidente da FIA Jean Todt e os diretores da F1 Stefano Domenicali e Ross Brawn vão reunir este fim de semana em Monza para mais uma ronda de negociações sobre a futura unidade motriz da Fórmula 1. O novo motor não deverá chegar antes de 2026 e o MGU-H deverá ser descartado.
As conversações para a introdução das novas unidades motrizes já duram desde o Outono de 2020, mas segundo a Auto Motor und Sport podemos ter “fumo branco”. Mercedes, Ferrari, Renault, Red Bull, Audi, Porsche e Honda, que apesar da sua saída continua interessada na F1, estão muito perto de chegar a um acordo para o esboço do novo regulamento.
O que parece certo é que a nova unidade motriz não será introduzida antes de 2026. Para cumprir a data previamente estabelecida (2025), as partes envolvidas teriam de ter chegado a um acordo mais cedo. Agora que o conceito está praticamente acordado, os regulamentos com todos os detalhes técnicos deverão demorar cerca de 2 meses a ser elaborados.
Apesar da hipótese de passar para um 4 cilindros em linha ter estado em cima de mesa, a arquitetura dos motores deverá continuar a ser um V6. Esta medida agrada ao atuais construtores e Audi, Porsche e Red Bull não se deverão opor. O desenvolvimento do motor de combustão deverá ser ainda mais limitado do que atualmente.
O motor de combustão perderá alguma potência, devido às novas restrições no desenvolvimento e à menor performance dos combustíveis sintéticos. Contudo, a utilização de combustível 100% sustentável irá permitir aumentar o fluxo de combustível, uma vez que não existe o problema da emissão de CO2, e a potencia elétrica deverá aumentar para os 350 quilowatts (475 cv).
Outro objetivo é uma redução significativa dos custos. O preço da unidade motriz deve ser reduzido de dois milhões de dólares para menos de um milhão. A Mercedes e a Renault têm interesse em beneficiar da sua experiência com os atuais motores, mas já aceitam abdicar do MGU-H que representa um elevado investimento e não é relevante para os carros de estrada.
A recuperação de energia exclusivamente no eixo traseiro, como acontece atualmente, iria colocar problemas em termos de dinâmica de condução e, por isso, a ideia de recuperar energia no eixo dianteiro começa a ganhar força. No entanto, não deverá ser permitida tração às quatro rodas para evitar o aumento de peso dos monolugares.
Para além das questões técnicas, também deve ser acordado qual o limite de custos para os fabricantes de motores e como os recém-chegados podem ser ajudados a construir rapidamente motores competitivos. A Red Bull é o motivo de discórdia nesta questão.
A Red Bull Powertrains vê-se a si própria como um recém-chegado porque em 2026 construirá pela primeira vez o seu próprio motor, mas Mercedes, Renault e Ferrari rejeitam categoricamente o pedido da Red Bull. Na sua opinião, o departamento de motores da equipa de Milton Keynes em 2026 já terá vários anos de experiência e, portanto, não deverá beneficiar de quaisquer concessões.