Toto Wolff diz que o relatório médico encomendado pela Federação Internacional do Automóvel prova que devem ser tomadas medidas para limitar o porpoising em 2023.
Recentemente, o órgão governativo do desporto revelou que pretende introduzir alterações aos regulamentos técnicos de 2023 com vista a atenuar o problema do porpoising.
No entanto, as medidas, que incluem a elevação em 25mm das extremidades do fundo plano e testes de deflexão mais rigorosos, não satisfazem cinco das dez equipas da grelha.
Na sequência de uma reunião com Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, Wolff não tem dúvidas de que a situação do porpoising precisa de ser abordada.
“Há toda esta conversa de fazer pressão em qualquer direção, mas de que é que estamos realmente a falar?”, disse Wolff, diretor de equipa da Mercedes. “A FIA encomendou um trabalho médico sobre o porpoising.”
“O resumo dos médicos é que uma frequência de 1-2Hz sofrida durante alguns minutos pode levar a danos cerebrais. Nós temos 6-7Hz ao longo de várias horas. Por isso, a resposta é muito fácil: a FIA precisa de fazer algo a esse respeito.”
Laurent Mekies, diretor desportivo da Ferrari, considera que a diretiva técnica que estabelece um limite de oscilações verticais e que será introduzida no Grande Prémio da Bélgica deverá ser suficiente para atenuar o problema do porpoising.
“Penso que precisamos de ser bastante cautelosos quando falamos de questões de segurança”, afirmou Mekies.
“Penso que há alguns tópicos importantes que têm de ser discutidos para o futuro, como os roll hoops, mas acho que precisamos de separar isso das discussões que estamos a ter com as equipas e com a FIA para melhorar a situação do porpoising. E nesse contexto, a diretiva técnica está a fazer um bom trabalho.”