Fernando Alonso referiu que o regresso do formato de qualificação ‘one-shot’ seria a solução “ideal” para os problemas de tráfego nas pistas mais curtas do calendário.
Na antecâmara do Grande Prémio da Áustria, que se disputa no traçado mais curto de toda a temporada, os pilotos manifestaram as suas preocupações com a questão do tráfego.
Em Montreal, a sessão de qualificação ficou marcada por diversos incidentes que motivaram a atribuição de penalizações, situação que já tinha acontecido na corrida anterior em Barcelona.
“Sim, é um tema que se fala todos os fins de semana, principalmente nos circuitos curtos”, disse Alonso quando questionado sobre o problema do tráfego.
“Não sei. Há algumas opções para melhorar esta situação: uma é a qualificação de volta única, como no passado. Isso seria o ideal, na minha opinião, porque haveria apenas um carro em pista e cobertura televisiva total para essa volta e para os patrocinadores.”
“E isso criaria um pouco de drama caso as alterações climatéricas se alterassem durante a sessão, pelo que poderíamos ver carros diferentes na pole position. Por isso, penso que essa é a minha opção preferida.”
“Também é possível dividir a grelha como fazem nas categorias de promoção no Mónaco e coisas do género.”
Carlos Sainz também se mostrou recetivo à introdução de um novo formato de qualificação, sugerindo a utilização da tecnologia para tornar a sessão mais entusiasmante para os espetadores.
“Sim, penso que a solução a curto prazo seria, pelo menos, fazer uma divisão no Q1: 10 carros, um de cada equipa, num grupo de qualificação”, afirmou o espanhol da Ferrari.
“Depois, penso que na segunda fase o tráfego melhora bastante. O Q3 não é um problema. Por isso, seria apenas nas pistas curtas e talvez só no Q1. Dividir a sessão ao meio e fazer oito minutos com um grupo e oito minutos com o outro.”
“Essa seria a solução a curto prazo. A qualificação com uma única volta é talvez algo a experimentar, como disse o Fernando. Talvez nos fins de semana sprint, para tentar ver se funciona. Pessoalmente, sou um grande fã, uma vez que gosto da sensação de ter a pista toda para mim e ter a pressão de fazer uma única volta.”
“Penso que seria muito divertido para nós e para os patrocinadores. Mas talvez fosse um pouco aborrecido para a televisão. Depende da tecnologia. Podíamos colocar um carro fantasma da volta mais rápida, penso que é possível com a tecnologia que temos hoje em dia.”