Stefano Domenicali, diretor executivo da Fórmula 1, admite que é “muito improvável” que uma mulher consiga ingressar no campeonato nos próximos cinco anos, mas diz estar a trabalhar no sentido de proporcionar melhores oportunidades às pilotos do sexo feminino.
Embora tenha ganho o estatuto de campeonato de suporte à Fórmula 1 em 2021, a W Series falhou, até agora, com o seu objetivo de ajudar as pilotos femininas a progredir nas categorias de promoção.
Jamie Chadwick, membro da academia de pilotos da Williams, é o exemplo mais flagrante desse insucesso, uma vez que se viu forçada a permanecer na W Series apesar de ter conquistado dois títulos consecutivos.
“É um ponto em que estamos realmente a trabalhar, porque acreditamos que é crucial dar a máxima possibilidade às mulheres de entrarem na Fórmula 1”, disse Domenicali. “É algo em que estamos totalmente empenhados.”
“Estamos muito felizes com a colaboração com a W Series, mas acreditamos que, para estarem ao mesmo nível de competição com os homens, as mulheres precisam de ter mais ou menos a mesma idade quando começam a lutar em pista na Fórmula 3 e na Fórmula 2.”
“Portanto, estamos a trabalhar nisso para ver o que podemos fazer para melhorar o sistema, e verão alguma ação em breve. Por outro lado, realisticamente falando, não vejo, a menos que uma espécie de meteorito entre na terra, uma mulher na Fórmula 1 nos próximos cinco anos.”
“Isso é muito improvável, tenho de ser realista. Mas queremos construir os parâmetros certos com a abordagem certa, para que comecem a correr contra com os homens na idade certa, com o carro certo. É nisso que estamos a trabalhar.”