Charles Leclerc considera que um calendário da Fórmula 1 sem o Grande Prémio do Mónaco seria um cenário “mau para ambas as partes”.
O histórico evento monegasco continua a trabalhar no sentido de renovar o seu contrato com a Fórmula 1 para além da temporada de 2022.
Um dos fatores que estará a contribuir para o atraso nas negociações prende-se com a taxa paga pelo principado para acolher o Grande Prémio – cerca de 15 milhões de dólares anuais, valor considerado demasiado baixo pela Fórmula 1 numa altura em que o campeonato tem a possibilidade de explorar novos e abastados mercados.
Leclerc acredita que o inigualável legado do Grande Prémio e o caráter desafiente do traçado do Mónaco são motivos suficientes para que o seu evento de casa permaneça no calendário.
“Penso que seria mau para ambas as partes”, disse Leclerc sobre a eventual saída do Mónaco. “Nunca conheci o Mónaco sem Fórmula 1, exceto em 2020 por causa da pandemia.”
“E para mim, Fórmula 1 sem Mónaco não é Fórmula 1. Penso que a Fórmula 1 tem uma história, tem pistas históricas como Silverstone, Monza e Mónaco que deveriam permanecer no calendário.”
Questionado sobre a possibilidade de serem levadas a cabo renovações no circuito com vista à potencialização de ultrapassagens, Leclerc respondeu: “Já pensei nisso algumas vezes, se iria melhorar muito a ultrapassagem. Não sei, talvez antes do túnel possas ir para a esquerda e fazer uma grande reta. Mas o quão exequível é isso?”
“Não tenho a certeza. É claro que ultrapassar é difícil, mas penso que o que todos nós adoramos como pilotos é o desafio, especialmente naquela volta de qualificação.”
“Não há nenhuma pista que se aproxime da adrenalina que temos no Mónaco. Faz parte da história da Fórmula 1 e deve permanecer no calendário.”