O reconhecimento de que o monolugar de 2018 da McLaren tem menos downforce do que o seu antecessor, o assumir de que o MCL32 não tinha o melhor chassis da temporada de 2017 e a constatação de que a equipa não irá lutar pelo títulos num futuro próximo foram algumas das confissões feitas por Zak Brown em declarações realistas proferidas antes do Grande Prémio da Grã-Bretanha.
Esta semana a equipa britânica anunciou uma reestruturação da sua equipa técnica que incluiu a saída do diretor de corrida Eric Boullier.
Quando lhe perguntaram se a McLaren estava a passar por um período de espera similar ao de Mercedes e Red Bull para lutar pelo título, o diretor executivo da McLaren disse: “Sim, isto vai demorar algum tempo para resolver.”
“Penso que faltam alguns anos. Não sei se dois ou 10, ou algures no meio. Provavelmente deverá ser sensivelmente a meio, mas não quero fazer previsões.”
“Temos de ser realistas e convencer-nos a nós próprios e aos fãs de que isto vai ser uma jornada.”
A McLaren ocupa atualmente a sexta posição no campeonato de construtores depois de um Grande Prémio da Áustria onde os níveis de desempenho ficaram abaixo do esperado devido ao défice de downforce.
“Não temos o mesmo nível de downforce que tínhamos no ano passado. Essa é uma área em que o nosso carro está mais fraco face ao ano passado.”
“Se tínhamos o melhor chassis no ano passado? Não, definitivamente não.”
Brown admite que as 12 corridas que restam na temporada de 2018 constituirão um desafio para a equipa, mas não descarta a possibilidade de alcançar ainda a quarta posição no campeonato de construtores.
“Penso que na última corrida tivemos um bom resultado face ao lugar de que partimos, mas não fomos competitivos”, reconheceu. “Não mudou muita coisa entretanto e as expectativas para Silverstone não podem ser muito elevadas.”
“Estamos numa grande batalha entre o quarto e o sétimo lugar. Todas as equipas estão muito próximas. Não quero fazer previsões porque isso já nos meteu em sarilhos no passado e não quero repetir alguns dos erros que cometemos.”