Toto Wolff tem sido associado á Aston Martin nas últimas semanas, e o próprio confirmou ao jornal austríaco Österreich que vai investir na marca britânica. No entanto, isto nada tem a ver com a entrada da Aston Martin na Fórmula 1 e Wolff espera manter o seu papel na equipa campeã do mundo.
“Em 2020 continuo como chefe de equipa na Mercedes, porém, é possível que organize o meu tempo de forma diferente e não esteja em todas as corridas. Quero fazer a minha parte para ajudar Lewis Hamilton a conquistar o 7º título.”
Sobre o investimento de 42 milhões de euros na Aston Martin e o timing do mesmo, Wolff foi muito claro.
“As ações estão muito baixas neste momento e a nova linha de carros é ótima. O DBX, que é um SUV, é um bom exemplo. Trata-se de um investimento financeiro pessoal num construtor automóvel que nada tem a ver com a Fórmula 1. Depois do Corona, vamos voltar à normalidade e as pessoas voltarão a comprar carros.”
Quando questionado se era possível manter o papel de acionista na Aston Martin e de chefe de equipa na Mercedes, Wolff confirmou que não seria um problema.
“Vamos fornecer os nossos motores à nova equipa Aston Martin F1, e vamos fazer o mesmo nos carros de estrada. As viaturas da Aston Martin têm motores Mercedes. A Daimler detém também uma participação de cinco por cento na Aston Martin.”
No que toca aos rumores de que irá mudar-se para Aston Martin no próximo ano com Lewis Hamilton, Toto Wolff foi curto e objetivo.
“Tudo o que posso dizer sobre isso é uma breve declaração, ao estilo do Niki Lauda: um disparate total!”
Quanto ao recomeço da F1 em Spielberg, Wolff mostrou-se animado e afirma que Lewis Hamilton está a lidar bem com esta paragem.
“Se os organizadores do Grande Prémio da Áustria encontrarem uma forma de iniciar a época com as todas as medidas de segurança necessárias, isso seria uma notícia incrivelmente positiva para a Fórmula 1 e para a Áustria.”
“Ele [Hamilton] estava habituado a viajar muito. É uma dificuldade acrescida, mas ele sabe como utilizar isto tudo de forma positiva. Ele tem mais tempo para treinar e mal pode esperar para regressar. Ele vai voltar com ainda mais motivação, garante-me a cada telefonema.”
“Mas sabem quem nos faz falta mais falta, especialmente nesta fase? O Niki Lauda, com o seu pragmatismo. Neste novo estilo de vida, ele está mais presente para mim como ser humano do que quando estávamos na Fórmula 1. Pergunto-me frequentemente: O que teria o Niki dito?”