Yuki Tsunoda afirma que continua a ambicionar a promoção à Red Bull e revela que o seu objetivo para a temporada passa por mostrar que consegue ser um líder de equipa na Fórmula 1.
O piloto japonês continuará a representar as cores da Racing Bulls após ter visto a Red Bull apostar em Liam Lawson para o lugar ao lado de Max Verstappen.
Questionado pelo Motorsport.com sobre como recebeu a notícia de que não tinha garantido o lugar na Red Bull, Tsunoda respondeu: “Recebi umas três chamadas do Helmut, do Christian e do Laurent. O primeiro foi o Helmut, acho eu. Por isso, sim, ouvi a decisão final da parte deles.”
“Quer dizer, não vale a pena queixarmo-nos e blá, blá. Limitei-me a dizer: ‘Sim, já percebi’. Tipo, ‘Ok, boa sorte’. Basicamente, foi só isso. Quer dizer, tenho de continuar a fazer o que estou a fazer, e a minha mentalidade não vai mudar – continuo a querer aquele lugar [na Red Bull] a dada altura. Mas a decisão que tomaram cabe-lhes a eles, não a mim.”
“Não perguntei porquê na verdade. Acho que o Christian mencionou que não se trata de desempenho. Pelo que ouvi de outras pessoas, estão a dizer que não está relacionado com o desempenho. É mais político. Não sei. Talvez o Christian não tenha dito especificamente qual foi a razão. Na verdade, não me interessa. O que quer que digam, não sei se é verdade ou não, para ser sincero. E no final, eu só vou… Só lhes disse como me sinto, como ainda estou motivado para a próxima temporada, e pronto.”
“Para ser honesto, preparei-me um pouco para isso, apesar de a situação não se ter desenrolado como eu queria. Já estava preparado de antemão para não perder completamente o controlo.”
“Concentro-me apenas no futuro, em tentar ser um piloto mais completo no geral – não para lhes dar, ou a qualquer outra equipa, uma razão para dizer: ‘Oh, não és bom nisto’ ou ‘Não és bom naquilo – por isso não te aceitamos’.”
Tsunoda, que terá o rookie Isack Hadjar como colega de equipa, mostra-se motivado para tentar mostrar que é capaz de assumir a posição de piloto principal da Racing Bulls.
“Estou definitivamente motivado”, acrescentou. “Vou ter um papel mais definido em termos de liderança. No ano passado, no início da temporada, era um pouco 50/50, provavelmente um pouco inclinado para o Daniel. Mas consegui mudar essa imagem dentro da equipa ao longo do ano. Perto do final, já estava a começar a ser visto como o líder.”
“Este ano, não há nenhum piloto experiente na equipa, por isso, a equipa vai depender mais de mim. E sinto que há mais responsabilidade. Por isso, quero definitivamente reforçar essa imagem dentro da equipa – quero ajudar, não só em termos de extrair desempenho do carro, mas também na orientação geral da equipa. E estabelecer esse estatuto de liderança, diria eu, é o principal objetivo que tenho de trabalhar este ano. Quero mostrar isso a todo o paddock, não apenas à minha equipa.”