Ricciardo: “Sinto-me um privilegiado por ter feito parte da família Red Bull por 10 anos”

Daniel Ricciardo diz que abandonar uma equipa da qual fez parte nos últimos 10 anos é “assustador” e admite que será difícil vestir o fato pela última vez e cumprir a 100ª e última corrida pela Red Bull em Abu Dhabi.

Ricciardo causou uma das maiores surpresas do ano ao anunciar que abandonaria a Red Bull no final da temporada para se juntar a Nico Hulkenberg na Renault em 2019.

O australiano confessa que é sempre “assustador” fazer parte de uma mudança com esta e reconhece que será difícil despedir-se da Red Bull, equipa que o acolheu desde 2014.

“Precisava de ouvir o meu coração e de tomar a minha própria decisão”, começou por dizer Ricciardo. “Mudar é assustador e aterrorizante.”

“Vou para a Renault no próximo ano com a mente aberta. Ninguém tem uma bola de cristal para prever o futuro ou os resultados da minha decisão.”

“Mas por agora quero terminar este ano em boa forma. Não será fácil mentalmente, porque cada volta que fizer significará que estarei mais perto da minha última vez com um fato da Red Bull.”

“E quando sair para a pista pela última vez… Acho que vou chorar. Mas o inverno vai chegar e poderei começar de novo com a Renault.”

Desde que confirmou a saída da Red Bull, Ricciardo abandonou por quatro vezes em oito corridas e não regressou ao pódio.

Mesmo após uma temporada complicada, o australiano fez questão de agradecer à Red Bull, que apoiou a sua carreira desde as categorias de promoção até à Fórmula 1.

“Espero que toda a gente perceba que a Red Bull é muito mais do que uma marca”, disse Ricciardo. “É uma família e uma afirmação daquilo que é possível fazer.”

“É uma equipa que é capaz de vencer campeonatos de futebol, construir carros rápidos, assinar com os melhores jogadores e promover corridas de aviões. Eles fazem coisas incríveis e adorei fazer parte disso.”

“Sinto-me incrivelmente privilegiado por ter conduzido pela Red Bull e por ter feito parte desta família por 10 anos”, acrescentou. “Eles deram-me uma oportunidade e sem o Dr. Marko a apoiar-me, penso que não teria conseguido entrar na Fórmula 1.”